Confira a matéria completa que saiu no site Estadão.
Em tempos como este, em que as pessoas estão cada vez mais alertas com seu bem-estar, vivenciamos uma explosão de adesões a seguros de saúde. De acordo com os dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, mais de 25,4 milhões de brasileiros são beneficiários dessa modalidade de assistência. Mesmo assim, os valores altos e as burocracias exigidas pelos planos fazem com que 7 em cada 10 brasileiros ainda dependam do Sistema Único de Saúde (SUS) segundo levantamento do IBGE, totalizando mais ou menos 150 milhões de pessoas.
Trago ainda outro fato relevante sobre o atendimento público no país. Uma pesquisa realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com dados disponíveis na base do SUS, revela que o prazo para um paciente ser atendido em uma especialidade chega a até 493 dias, ou seja, mais de 16 meses. Nessa espera, muitas pessoas correm o risco de comprometer suas vidas, já que o atendimento tardio pode fazer com que o avanço de uma doença seja irreversível.
Em uma discussão mais profunda, podemos avaliar como seria imprescindível uma reforma nos moldes da realizada na Previdência em todo o sistema de saúde público e privado no Brasil. Começando, por exemplo, pela automatização de prontuários, receitas e exames realizados. Isso eliminaria quase que completamente erros médicos e, mais importante, facilitaria o acesso ao histórico clínico do paciente independentemente do local em que ele seja atendido.
Tal solução já é uma realidade em importantes centros médicos especializados, que surgem atualmente para preencher a lacuna causada pela ineficiência do serviço público e pelas dificuldades de acesso aos planos de saúde privados. Eles oferecem atendimentos de saúde com profissionais qualificados a preços acessíveis, com valores por consulta a partir de R$50. Quando estas instituições estão integradas, todo o processo, desde a anamnese até a realização dos exames, é executado em um único local, otimizando o tempo dos pacientes.
Além disso, não podemos esquecer de valorizar os principais players do segmento, sem os quais seria impossível oferecer um atendimento de qualidade. Médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, entre outros, necessitam que seu trabalho seja reconhecido, começando pelo pagamento. Esqueça a ideia de receber apenas no final do mês ou no final da semana. A cada atendimento, o valor deve ser repassado em até 24h para que o profissional se sinta incentivado e valorizado.
A tecnologia é a principal ferramenta para que todo o segmento de saúde seja otimizado. Além das soluções citadas acima, a telemedicina é uma aliada importante no processo, já que oferece acessibilidade com qualidade e segurança, promovendo o distanciamento social – algo tão importante neste momento.
A tecnologia desburocratiza, acolhe e resolve, tudo isso de forma acessível e sem que o paciente prejudique a saúde preocupando-se em como cuidar dela.
*Marcelo de Araújo é CEO da Consultare